Querer (crer) a mudança. Crer (querer) e mudar.
Palavras que nos impõem posturas de altivez perante a vida.
Quero, posso e mando! Logo, mudo! Porque quero. Porque creio.
Mudar. Mas, mudar como? Apenas crendo (querendo)? Basta querer (crer)?
É assim tão simples e tão fácil? O desejo deve superar tudo e todos? O nosso querer (crer) sobrepõe-se ao crer (querer) dos outros? Não, não creio (mas quero). Anseio. Desejo poder crer (querer). Desejo poder querer (crer) mudar. Mas a luta é dura, demasiadamente dura. As pedras do caminho derretem-nos a vontade de avançar. E apenas, lentamente, muito lentamente se consegue (querendo) crendo, ir. Apenas continuamos a perguntar: ir para onde? Se não sabemos o caminho?!...
A resposta é sim fácil de dar: Basta caminhar!
É isso que faço, não porque queira (creia) mas porque o tenho de fazer. Não posso parar, não quero parar; quero caminhar; não porque creia que caminhar deva ser feito mas porque quero caminhar; não porque queira caminhar mas porque creio que devo caminhar.
E é esta duplicidade dentro de mim que me está destruindo: o querer (crer) e o não crer (querer); o ir e o ficar; o ser e o não ser. Dilema terrível que destrói. Magoa. Mata. Corrói.
E, no entanto, amar é preciso. E, no entanto, sorrir é dever. E, no entanto, caminhar é crer (bolas, nunca querer!).
Caminho porque creio. Sei-o!.
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