Ninguém pode autenticar o que deve ser visto por ti próprio
a partir da constelação do teu mais profundo Eu.
Desvelado e descoberto, o mistério de tudo,
torna-se lâmpada, guia do tempo indefinido
na compreensão da natureza fractal,
ou numa metáfora em espiral no eixo do mundo.
O produto em branco desta tela infinita, mente.
Tu, és mais que uma página em branco no jornal do tempo...
e deixas a tua marca nas paredes das compridas galerias a branco e azul.
A vida é um livro de memórias escrito a tinta, gravado no tempo...
Na nossa eternidade permanente.
Sim... eu bem sei que as passagens manuscritas estão sujeitas a mudar de forma,
mas há nestas uma continuidade, uma assinatura,
como que pulsando através das páginas...
...Como um coração que bate.
E contém a única origem de todas as coisas vivas e verdadeiras:
o Amor Omnipresente.
Os dias progridem e encontro-me constantemente no lado oposto ao resto do mundo.
Uma disfunção irrelevante, continuamente em busca de equilíbrio
através das questões do coração.
Assim, tudo o que existe intrinsecamente, liga
um fio dourado de amor e de perda e de recuo
à luz desdobrada de melodias escurecidas.
Em todas as coisas, o coração mantém chaves de portas
constantemente perdidas
como os raios de sóis iniciais ao longo dos tempos.
Portas misteriosas e portas aparentes,
cerrando as nossas vidas quebradas.
porque afinal nada passa de uma fachada cruel,
que deixou muitas páginas vazias,
girando e girando...
em fundo azul...
No final do meu dia, desenho pequenos nadas, nas agonias em branco.
Pudesse alguém ouvir os meus gritos silenciosos e
levar-me para fora deste torno implacável
em que qualquer sorriso terá sempre um sabor amargo.
Talvez um dia tudo possa fazer sentido
talvez um dia possa eu ser tão livre como um pássaro.
SLL
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