sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Alma



Numa valsa lenta, nesta madrugada, existe um olhar sóbrio de uma alma alugada
cuja melodia se expande quais cordas esticadas de um violino qualquer,
que tocam, plangentes quase como se gritassem...
A alma morre? 
breve momento de descrença enquanto o olhar se fixa na mão que segura a chama de uma vela quase fenecida.

É certo que os pensamentos vão e voltam, 
e se entregam aos sons e às imagens que talvez nem sequer existam além dali...

O que reside aqui, agora, neste instante em que o tempo pára e tudo se resume a isto:
madrugada, pensamentos, violinos, velas...
...descrença...
Alma.

SLL2015

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