domingo, 13 de julho de 2014

Floresta



Numa estrada longa e tranquila, caminho sem saber porquê nem para onde.
Basta-me o verde da folhagem, a terra debaixo dos pés
o aroma quente e doce de verão
os raios de sol, que, fugidios, penetram pelas densas copas que me rodeiam...

A minha mente divaga, serenamente e ouço a linguagem dos pássaros
a mesma que falam os anjos e o meu coração.

Nada questiono, nada respondo, escuto apenas
e caminho
cada vez mais lentamente, para que não se dissolva o sonho

Quero saborear o verde e o azul
os raios de sol e os tons terrosos

Quero ouvir o canto das aves e o marulhar do lago que está perto...
mas quero, sobretudo,
deixar a minha alma voar livre pelo meio da folhagem, e até ao infinito...

SLL

Foto de Sara Lourenço

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