Dança a tua valsa nos meus cabelos
e permite que as almas se entrelacem,
sem limites nem cadeias.
Ah que anseio de coração,
este ressuscitar
do Amor que detém a minha alma.
Desse uivo sobreposto
ao clamor do vento em noites de tempestade,
desse sussurro do Espírito
mavioso como vozes de anjos em coro celestial...
Afago-te o rosto distante
com os olhos postos nas silhuetas que dançam também
através dos teus olhos...
jogos de luz e sombra que ensinam
a ilusão do céu como um génio da lâmpada
que brilha só de vez em quando,
como se fossem irmãos, a Lua e o Sonho
cujo feitiço se mantém na noite escura.
Mas a dança continua,
num movimento de mentes e corações
queimando a alma e os sentidos
até ao vácuo absoluto
onde a caneta goteja
e o poeta só tem sede...
SLL